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“Funk não é música”: faces da diferença, diversidade e discriminação

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O funk como expressão musical se constitui em um contrassenso binário entre o seu apogeu midiático e, ao mesmo tempo, o imaginário social discriminatório atribuído por heranças preconceituosas que se perpetuam no horizonte da vida social das pessoas. A expressão “funk não é música” é facilmente ventilada em uma roda de conversa entre amigos e, muitas vezes, naturalizada pelo senso comum. Tal expressão é o mote deste estudo, que busca propor uma reflexão sobre o valor discriminatório atribuído ao funk, entendendo tal fenômeno como elemento indispensável nas discussões sobre práticas de ensino diante da diversidade em música. Para esta reflexão, buscamos suporte teórico em estudos do campo da educação e cultura e do campo da educação musical em suas interfaces com a etnomusicologia. O estudo contou, como procedimento de coleta de dados, com a observação de aulas e o uso de entrevistas semiestruturadas com cinco estudantes e dois professores de música que participaram deste estudo. A análise crítica dos dados, apresentada ao longo de duas seções no presente texto, problematiza as formas como o funk atravessa o imaginário social cotidiano, a partir das narrativas dos participantes do estudo. Nas considerações, apontamos questões que podem se tornar pontes reflexivas para pensarmos a complexidade da diversidade musical como fenômeno inerente à sala de aula e, ao mesmo tempo, problematizarmos diversidade e diferença como conceitos fundamentais para pensarmos práticas educativo-musicais contemporâneas.
Title: “Funk não é música”: faces da diferença, diversidade e discriminação
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O funk como expressão musical se constitui em um contrassenso binário entre o seu apogeu midiático e, ao mesmo tempo, o imaginário social discriminatório atribuído por heranças preconceituosas que se perpetuam no horizonte da vida social das pessoas.
A expressão “funk não é música” é facilmente ventilada em uma roda de conversa entre amigos e, muitas vezes, naturalizada pelo senso comum.
Tal expressão é o mote deste estudo, que busca propor uma reflexão sobre o valor discriminatório atribuído ao funk, entendendo tal fenômeno como elemento indispensável nas discussões sobre práticas de ensino diante da diversidade em música.
Para esta reflexão, buscamos suporte teórico em estudos do campo da educação e cultura e do campo da educação musical em suas interfaces com a etnomusicologia.
O estudo contou, como procedimento de coleta de dados, com a observação de aulas e o uso de entrevistas semiestruturadas com cinco estudantes e dois professores de música que participaram deste estudo.
A análise crítica dos dados, apresentada ao longo de duas seções no presente texto, problematiza as formas como o funk atravessa o imaginário social cotidiano, a partir das narrativas dos participantes do estudo.
Nas considerações, apontamos questões que podem se tornar pontes reflexivas para pensarmos a complexidade da diversidade musical como fenômeno inerente à sala de aula e, ao mesmo tempo, problematizarmos diversidade e diferença como conceitos fundamentais para pensarmos práticas educativo-musicais contemporâneas.

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