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Comparação entre barras do arco de Erich e parafusos intermaxilares em fraturas maxilofaciais envolvendo oclusão dentária
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Introdução: As fraturas maxilofaciais envolvendo oclusão dentária são tratadas com base na fixação intermaxilar (FMI), visando restabelecer as funções oclusais. Os dois métodos mais utilizados são as barras do arco de Erich e os parafusos de FMI. Entretanto uma ampla comparação entre o uso das barras do arco Erich e parafusos de FMI, considerando parâmetros trans ou pós-operatórios, ainda não está clara na literatura. Objetivo: O objetivo da presente revisão sistemática e metanálise foi avaliar a qualidade da FMI alcançada pelas barras do arco de Erich quando comparadas aos parafusos da FMI, considerando parâmetros como estabilidade oclusal, tempo operatório, segurança na execução da técnica, qualidade de vida e manutenção da higiene bucal. Metodologia: A presente revisão sistemática e metanálise foi realizada de acordo com o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Foi desenvolvida uma questão PICO, onde P foram pacientes com fraturas maxilofaciais envolvendo a oclusão dentária. I o uso de parafusos para FMI, C uso das barras do arco de Erich para FMI e O os desfechos analisados. Os critérios de inclusão compreenderam ensaios clínicos comparando os dois métodos de FMI, avaliando pelo menos um dos desfechos: estabilidade oclusal, higiene bucal, qualidade de vida, tempo para aplicação e remoção dos aparelhos FMI e complicações. Para isso foram pesquisadas quatro bases de dados eletrônicas: MedLine (Pubmed), Web of Science, BVS e Cochrane Library. Resultados: Quinze artigos foram incluídos na análise qualitativa e 12 deles na metanálise. O uso das barras do arco de Erich apresentou maior tempo para aplicação e remoção quando comparado aos parafusos de FMI. Os parafusos de FMI possuem uma maior taxa de probabilidade de causar iatrogenias e uma menor taxa de perfurações da luva quando comparado as barras do arco de Erich. Para o desfecho índice de placa não houve diferença significativa entre os métodos de FMI. Conclusão: Não é possível avaliar a qualidade da oclusão trans e pós-operatória e a qualidade de vida dos pacientes, devido há escassez de evidências científicas comparando a barras do arco Erich e os parafusos de FMI para esses desfechos. Os presentes resultados devem ser interpretados com cautela devido à qualidade questionável dos estudos incluídos e ao nível de evidência apresentado pelos estudos através da avaliação da ferramenta GRADE. Sugere-se que novos ensaios clínicos randomizados sejam realizados com validade e qualidade adequadas para comparar adequadamente o FMI com as barras do arco de Erich e os parafusos de FMI.
Conselho Regional De Odontologia De Minas Gerais
Title: Comparação entre barras do arco de Erich e parafusos intermaxilares em fraturas maxilofaciais envolvendo oclusão dentária
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Introdução: As fraturas maxilofaciais envolvendo oclusão dentária são tratadas com base na fixação intermaxilar (FMI), visando restabelecer as funções oclusais.
Os dois métodos mais utilizados são as barras do arco de Erich e os parafusos de FMI.
Entretanto uma ampla comparação entre o uso das barras do arco Erich e parafusos de FMI, considerando parâmetros trans ou pós-operatórios, ainda não está clara na literatura.
Objetivo: O objetivo da presente revisão sistemática e metanálise foi avaliar a qualidade da FMI alcançada pelas barras do arco de Erich quando comparadas aos parafusos da FMI, considerando parâmetros como estabilidade oclusal, tempo operatório, segurança na execução da técnica, qualidade de vida e manutenção da higiene bucal.
Metodologia: A presente revisão sistemática e metanálise foi realizada de acordo com o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA).
Foi desenvolvida uma questão PICO, onde P foram pacientes com fraturas maxilofaciais envolvendo a oclusão dentária.
I o uso de parafusos para FMI, C uso das barras do arco de Erich para FMI e O os desfechos analisados.
Os critérios de inclusão compreenderam ensaios clínicos comparando os dois métodos de FMI, avaliando pelo menos um dos desfechos: estabilidade oclusal, higiene bucal, qualidade de vida, tempo para aplicação e remoção dos aparelhos FMI e complicações.
Para isso foram pesquisadas quatro bases de dados eletrônicas: MedLine (Pubmed), Web of Science, BVS e Cochrane Library.
Resultados: Quinze artigos foram incluídos na análise qualitativa e 12 deles na metanálise.
O uso das barras do arco de Erich apresentou maior tempo para aplicação e remoção quando comparado aos parafusos de FMI.
Os parafusos de FMI possuem uma maior taxa de probabilidade de causar iatrogenias e uma menor taxa de perfurações da luva quando comparado as barras do arco de Erich.
Para o desfecho índice de placa não houve diferença significativa entre os métodos de FMI.
Conclusão: Não é possível avaliar a qualidade da oclusão trans e pós-operatória e a qualidade de vida dos pacientes, devido há escassez de evidências científicas comparando a barras do arco Erich e os parafusos de FMI para esses desfechos.
Os presentes resultados devem ser interpretados com cautela devido à qualidade questionável dos estudos incluídos e ao nível de evidência apresentado pelos estudos através da avaliação da ferramenta GRADE.
Sugere-se que novos ensaios clínicos randomizados sejam realizados com validade e qualidade adequadas para comparar adequadamente o FMI com as barras do arco de Erich e os parafusos de FMI.
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