A BAIXA ADESÃO DOS HOMENS AOS SERVIÇOS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

INTRODUÇÃO: As dificuldades do homem em procurar o serviço de saúde deixaram de ser hipótese, e passaram a ser um fato comprovado cientificamente, essa negação ao cuidado com a saúde, caracteriza esse público como de riscos potenciais para o adoecimento e para o aumento da probabilidade de mortalidade. Essas dificuldades e resistências resultam em agravos e fatores de risco a saúde, levando-os muitas vezes ao adoecimento, e comprovação de doença já instalada, podendo, invalidar a eficácia da atenção primária e passando a necessitar do sistema de saúde hospitalar de média e alta complexidade, com mais chances de complicações e óbitos, bem como se torna mais oneroso. Em 2009 o Ministério da Saúde implantou a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem, objetivando minimizar os índices de mortalidade e morbidades que acometem os homens de 20 a 59 anos, através do estímulo a busca por serviços de atenção primária para a promoção e prevenção da saúde do homem. OBJETIVO: Conhecer quais as principais dificuldades que impedem o homem de acessar os serviços de saúde na atenção primária. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão integrativa. Foram realizadas buscas nas bases de dados como a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Pubmed e Lilacs, bibliotecas virtuais entre outras. Utilizando os descritores: Saúde do Homem; Atenção primária à saúde. Os critérios de inclusão foram publicações na íntegra, publicados em português e inglês, nos últimos 20 anos e disponíveis e forma gratuita. RESULTADOS: Foram encontrados 513 publicações, das quais selecionados 7 para compor a revisão. Evidenciaram que de fato há uma baixa procura dos homens aos serviços da ESF, apontando que ocorrem buscas somente quando já se encontram doentes, bem como pela cultura machista e patriarcal enraizada na figura masculina. Outros fatores são os problemas gerenciais/organizacionais como burocratização do serviço, o tempo de espera e demora em fazer e receber exames como sendo as principais causa da baixa adesão por parte dos homens aos serviços. CONCLUSÃO: Conclui-se que a atenção à saúde do homem ainda apresenta desafios a serem superados, especificamente no que se refere à resistência dos mesmos em buscarem os serviços, sendo evidentes, que o homem por vários motivos não se mostra como figura constante na ESF, seja por motivos culturais, socioeconômicos e ou até educacionais. No entanto, são necessárias novas estratégias que reportem os homens aos cuidados com a saúde e uma efetivação da política de saúde do homem. Palavras Chave: Saúde do Homem. Estratégia Saúde da Família.