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Arquitetura Moderna antigamente

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Os textos aqui reunidos – ensaios, conferências e entrevistas – do final dos anos 80 e início dos anos 90, resumem a posição de acerto de contas de Autora com a surpreendente e mais do que extemporânea apologia da Arquitetura Moderna, por assim dizer no apagar das luzes do projeto iluminista, empreendida originalmente por Jürgen Habermas, e replicada entre nós por arquitetos e teóricos da arquitetura, segundo a qual, liberada de sua sobrecarga funcional,  a Nova Construção sobreviveria enquanto matriz do Racionalismo Ocidental. Na contracorrente, a presente coletânea abre com a conferência de 1988, em que Otília procura demonstrar, pela primeira vez (o argumento será desenvolvido mais adiante em livro e outros ensaios), que o envelhecimento do Movimento Moderno e sua correspondente perda de voltagem social é estrutural. O mote central, de que a Arquitetura Moderna teria se esgotado não por desvios ou acidente de percurso, mas na medida mesma da realização de seu programa — ou seja, que não teria sido neutralizada porque os tempos mudaram, mas porque cumpriu o prometido, por estrita fidelidade ao princípio de racionalização progressiva, a mesma racionalização absoluta que define a lógica social da ordem capitalista — é retomado nos textos subsequentes: respondendo às objeções de Roberto Schwarz e, em entrevista concedida a alunos de Arquitetura, ao refutar a dissociação, no argumento de Anatole Kopp, segundo o qual a AM deveria ser compreendida antes de tudo como uma causa e menos como um estilo. Seguem-se duas conferências que dão continuidade a essa discussão, a primeira, questionando a máxima de Philip Johnson, adotada pelos pós-modernos, de que “amamos a história enquanto os modernos a odiavam”; a segunda, divergindo da tentativa de enquadramento das especificidades da AM brasileira numa espécie de Regionalismo crítico.   Por fim, ilustrando por assim dizer suas teses, Otília analisa a Arquitetura Moderna brasileira, na figura de três dos seus expoentes máximos, Oscar Niemeyer, Lucio Costa e Paulo Mendes da Rocha, mobilizando, e ao mesmo tempo problematizando, o ponto de vista de um crítico, moderno por excelência, Mário Pedrosa, ou o do próprio Lúcio Costa, ao interpretar a “formação” dessa arquitetura. Finalmente, uma digressão, em que questiona a fase dita neomoderna ou “minimalista” de Paulo Mendes da Rocha.   Palavras-chave: Adorno, Anatole Kopp, Arquitetura Moderna, Arquitetura Pós-Moderna, Arquitetura Moderna Brasileira, Brasília, Construtivismo, Corbusier, Habermas, História, Ideologia, Lúcio Costa, Mário Pedrosa, Mies Van der Rohe, Minimalismo, Oscar Niemeyer, Paulo Mendes da Rocha, Regionalismo crítico, Regionalismo pós-crítico, Roberto Schwarz, Theo Van Doesburg.
Title: Arquitetura Moderna antigamente
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Os textos aqui reunidos – ensaios, conferências e entrevistas – do final dos anos 80 e início dos anos 90, resumem a posição de acerto de contas de Autora com a surpreendente e mais do que extemporânea apologia da Arquitetura Moderna, por assim dizer no apagar das luzes do projeto iluminista, empreendida originalmente por Jürgen Habermas, e replicada entre nós por arquitetos e teóricos da arquitetura, segundo a qual, liberada de sua sobrecarga funcional,  a Nova Construção sobreviveria enquanto matriz do Racionalismo Ocidental.
Na contracorrente, a presente coletânea abre com a conferência de 1988, em que Otília procura demonstrar, pela primeira vez (o argumento será desenvolvido mais adiante em livro e outros ensaios), que o envelhecimento do Movimento Moderno e sua correspondente perda de voltagem social é estrutural.
O mote central, de que a Arquitetura Moderna teria se esgotado não por desvios ou acidente de percurso, mas na medida mesma da realização de seu programa — ou seja, que não teria sido neutralizada porque os tempos mudaram, mas porque cumpriu o prometido, por estrita fidelidade ao princípio de racionalização progressiva, a mesma racionalização absoluta que define a lógica social da ordem capitalista — é retomado nos textos subsequentes: respondendo às objeções de Roberto Schwarz e, em entrevista concedida a alunos de Arquitetura, ao refutar a dissociação, no argumento de Anatole Kopp, segundo o qual a AM deveria ser compreendida antes de tudo como uma causa e menos como um estilo.
Seguem-se duas conferências que dão continuidade a essa discussão, a primeira, questionando a máxima de Philip Johnson, adotada pelos pós-modernos, de que “amamos a história enquanto os modernos a odiavam”; a segunda, divergindo da tentativa de enquadramento das especificidades da AM brasileira numa espécie de Regionalismo crítico.
  Por fim, ilustrando por assim dizer suas teses, Otília analisa a Arquitetura Moderna brasileira, na figura de três dos seus expoentes máximos, Oscar Niemeyer, Lucio Costa e Paulo Mendes da Rocha, mobilizando, e ao mesmo tempo problematizando, o ponto de vista de um crítico, moderno por excelência, Mário Pedrosa, ou o do próprio Lúcio Costa, ao interpretar a “formação” dessa arquitetura.
Finalmente, uma digressão, em que questiona a fase dita neomoderna ou “minimalista” de Paulo Mendes da Rocha.
  Palavras-chave: Adorno, Anatole Kopp, Arquitetura Moderna, Arquitetura Pós-Moderna, Arquitetura Moderna Brasileira, Brasília, Construtivismo, Corbusier, Habermas, História, Ideologia, Lúcio Costa, Mário Pedrosa, Mies Van der Rohe, Minimalismo, Oscar Niemeyer, Paulo Mendes da Rocha, Regionalismo crítico, Regionalismo pós-crítico, Roberto Schwarz, Theo Van Doesburg.

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