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Filmes mistos de alginato de sódio e cera de abelha: preparação, caracterização e aplicação em embalagens para mel de abelha (apis mellifera l.)

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As embalagens plásticas desempenham função primordial na comercialização de alimentos, pois são fundamentais na preservação e manutenção das características dos produtos pelo maior tempo possível. As mais utilizadas no mundo, até o presente momento, são biorecalcitrantes e provenientes de polímeros derivados do petróleo, ou seja, oriundas de fontes não renováveis e que acabam gerando um acúmulo de resíduos sólidos não-degradáveis no meio ambiente. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo obter e caracterizar filmes biodegradáveis de alginato de sódio e cera de abelha adequados à confecção de embalagens para mel de abelha Apis mellifera L. Para tanto, este se deu em duas etapas: sendo a primeira a obtenção e caracterização de filmes mistos de alginato de sódio e cera de abelha em quatro composições (Alginato de sódio 2%; Alginato de sódio 2% com 5% de cera de abelha; Alginato de sódio 2% com 10% de cera de abelha; Alginato de sódio 2% com 15% de cera de abelha). Na segunda etapa foi realizada a confecção das embalagens que foram utilizadas para acondicionar o mel por 60 dias, sendo realizadas análises físico-químicas nos méis nos dias 0, 7, 15, 30, 45 e 60 dias. Os resultados obtidos foram submetidos à ANOVA e comparação das médias pelo teste de Tukey com nível de significância de 5% (p < 0,05). Quanto à caracterização dos filmes: aqueles que continham cera na composição apresentaram menor permeabilidade ao vapor de água/taxa de permeabilidade ao vapor de água (PVA/TPVA) em comparação aos demais, coloração mais amarelada e maior opacidade. Nas propriedades mecânicas avaliadas, foi possível observar que em níveis mais altos de cera houve menor resistência à tração, além de maior elasticidade. Nos resultados de solubilidade, verificou-se que filmes com 5 e 10% de cera reduziram significativamente a solubilidade em comparação ao filme somente de alginato. Em relação ao ângulo de contato, os resultados não apresentaram diferença significativa. Em diferentes UR%, filmes com cera absorveram menos água. Nas características físico-químicas do mel, embalagens com cera mantiveram as propriedades do mel dentro das recomendações por mais tempo. Quanto à durabilidade das embalagens, após 30 dias de experimento, todas as embalagens sem cera, apenas de alginato de sódio, apresentaram problemas, principalmente relacionados a vazamentos e dissoluções das embalagens. Sendo a embalagem com 10% de cera a mais durável dentre todas. Dessa forma, conclui-se que a incorporação de cera nas embalagens de alginato de sódio, especialmente na concentração de 10%, foi eficaz para manter as características físico-químicas do mel dentro das recomendações pelo tempo pesquisado, além de ter sido a que apresentou o menor percentual de defeitos durante todo o experimento.
Editora da Universidade Federal Rural do Semi-Arido - EdUFERSA
Title: Filmes mistos de alginato de sódio e cera de abelha: preparação, caracterização e aplicação em embalagens para mel de abelha (apis mellifera l.)
Description:
As embalagens plásticas desempenham função primordial na comercialização de alimentos, pois são fundamentais na preservação e manutenção das características dos produtos pelo maior tempo possível.
As mais utilizadas no mundo, até o presente momento, são biorecalcitrantes e provenientes de polímeros derivados do petróleo, ou seja, oriundas de fontes não renováveis e que acabam gerando um acúmulo de resíduos sólidos não-degradáveis no meio ambiente.
Dessa forma, este trabalho teve como objetivo obter e caracterizar filmes biodegradáveis de alginato de sódio e cera de abelha adequados à confecção de embalagens para mel de abelha Apis mellifera L.
Para tanto, este se deu em duas etapas: sendo a primeira a obtenção e caracterização de filmes mistos de alginato de sódio e cera de abelha em quatro composições (Alginato de sódio 2%; Alginato de sódio 2% com 5% de cera de abelha; Alginato de sódio 2% com 10% de cera de abelha; Alginato de sódio 2% com 15% de cera de abelha).
Na segunda etapa foi realizada a confecção das embalagens que foram utilizadas para acondicionar o mel por 60 dias, sendo realizadas análises físico-químicas nos méis nos dias 0, 7, 15, 30, 45 e 60 dias.
Os resultados obtidos foram submetidos à ANOVA e comparação das médias pelo teste de Tukey com nível de significância de 5% (p < 0,05).
Quanto à caracterização dos filmes: aqueles que continham cera na composição apresentaram menor permeabilidade ao vapor de água/taxa de permeabilidade ao vapor de água (PVA/TPVA) em comparação aos demais, coloração mais amarelada e maior opacidade.
Nas propriedades mecânicas avaliadas, foi possível observar que em níveis mais altos de cera houve menor resistência à tração, além de maior elasticidade.
Nos resultados de solubilidade, verificou-se que filmes com 5 e 10% de cera reduziram significativamente a solubilidade em comparação ao filme somente de alginato.
Em relação ao ângulo de contato, os resultados não apresentaram diferença significativa.
Em diferentes UR%, filmes com cera absorveram menos água.
Nas características físico-químicas do mel, embalagens com cera mantiveram as propriedades do mel dentro das recomendações por mais tempo.
Quanto à durabilidade das embalagens, após 30 dias de experimento, todas as embalagens sem cera, apenas de alginato de sódio, apresentaram problemas, principalmente relacionados a vazamentos e dissoluções das embalagens.
Sendo a embalagem com 10% de cera a mais durável dentre todas.
Dessa forma, conclui-se que a incorporação de cera nas embalagens de alginato de sódio, especialmente na concentração de 10%, foi eficaz para manter as características físico-químicas do mel dentro das recomendações pelo tempo pesquisado, além de ter sido a que apresentou o menor percentual de defeitos durante todo o experimento.

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