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VIOLÊNCIA DO OPRIMIDO E VIOLÊNCIA DO OPRESSOR: DOS MODOS DE VIOLÊNCIA NO PREFÁCIO DE JEAN-PAUL SARTRE A OS CONDENADOS DA TERRA DE FRANTZ FANON
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O artigo busca evidenciar o estatuto e os modos da violência a partir do prefácio de Sartre a Os Condenados da
Terra. Primeiramente, contextualizamos, nos termos de Sartre, a idade de ouro da colonização e como uma nova geração de
colonizados pôs fim a essa era. Em seguida, discutimos como o discurso de Fanon, ao diagnosticar a decadência europeia, traz
um novo tom de ignorância e desprezo a seus colonizadores. Dessa forma, a obra de Fanon, segundo Sartre, mostra-se
devastadora ao se dirigir tão somente aos seus irmãos colonizados, em total indiferença aos seus colonos. Por que,
então, diante dessa indiferença, ler Fanon? Por dois motivos, dirá Sartre: primeiro, para os europeus se reconhecerem; segundo, e
o mais importante para nós, porque Fanon se atentará à parteira da história: a violência. Enfim, analisamos a figura da violência
no prefácio de Sartre, assim como a dialética que perpassa essa noção. Iniciando com o que chamamos de violência colonial,
passando pela violência do oprimido, culminando na violência revolucionária. Veremos como esse primeiro momento da
violência produz uma espécie de sub-humanidade ao criar uma elite colonial e inserir diversas séries de racismos dentro desse
próprio povo, estratificando-o. Em seguida, notaremos que o segundo momento da violência nada mais é do que a violência do
opressor, interiorizada pelo oprimido. E, por fim, no terceiro momento, a violência do oprimido volta-se contra seu opressor.
Veremos também um quarto momento da violência: aquela que produzirá uma violenta descolonização do colono interior no
leitor, sobretudo o leitor burguês.
Title: VIOLÊNCIA DO OPRIMIDO E VIOLÊNCIA DO OPRESSOR: DOS MODOS DE VIOLÊNCIA NO PREFÁCIO DE JEAN-PAUL SARTRE A OS CONDENADOS DA TERRA DE FRANTZ FANON
Description:
O artigo busca evidenciar o estatuto e os modos da violência a partir do prefácio de Sartre a Os Condenados da
Terra.
Primeiramente, contextualizamos, nos termos de Sartre, a idade de ouro da colonização e como uma nova geração de
colonizados pôs fim a essa era.
Em seguida, discutimos como o discurso de Fanon, ao diagnosticar a decadência europeia, traz
um novo tom de ignorância e desprezo a seus colonizadores.
Dessa forma, a obra de Fanon, segundo Sartre, mostra-se
devastadora ao se dirigir tão somente aos seus irmãos colonizados, em total indiferença aos seus colonos.
Por que,
então, diante dessa indiferença, ler Fanon? Por dois motivos, dirá Sartre: primeiro, para os europeus se reconhecerem; segundo, e
o mais importante para nós, porque Fanon se atentará à parteira da história: a violência.
Enfim, analisamos a figura da violência
no prefácio de Sartre, assim como a dialética que perpassa essa noção.
Iniciando com o que chamamos de violência colonial,
passando pela violência do oprimido, culminando na violência revolucionária.
Veremos como esse primeiro momento da
violência produz uma espécie de sub-humanidade ao criar uma elite colonial e inserir diversas séries de racismos dentro desse
próprio povo, estratificando-o.
Em seguida, notaremos que o segundo momento da violência nada mais é do que a violência do
opressor, interiorizada pelo oprimido.
E, por fim, no terceiro momento, a violência do oprimido volta-se contra seu opressor.
Veremos também um quarto momento da violência: aquela que produzirá uma violenta descolonização do colono interior no
leitor, sobretudo o leitor burguês.
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