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Variação linguística e ensino: registros de uma experiência em salas de aula do ensino fundamental e médio.

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Pretende-se através deste trabalho analisar o tratamento atribuído ao fenômeno da variação linguística, em sala de aula, por meio de observações, aplicação de questionário e investigação das formas de abordagem sobre o tema nos livros didáticos. Intenciona-se, ainda, verificar a presença das marcas da oralidade nas produções textuais escritas dos alunos do Ensino Fundamental e Médio, em duas turmas, (6º. e 1º anos), respectivamente, da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Jornalista José Leal Ramos, situada no Município de São João do Cariri – PB, campo de aplicação da pesquisa. Para tanto, respaldamos os nossos estudos em (BAGNO,1999; 2002; 2007; 2008), (BORTONI-RICARDO, 2004; 2005), (MARCUSCHI, 2001; 2005; 2010), (ANTUNES, 2003; 2005; 2007), dentre outros. Por meio da pesquisa de campo e a análise dos dados coletados é possível constatar lacunas no trabalho com a variação linguística, em sala de aula, e a imposição de um modelo ideal de língua (a norma padrão). Nesta direção, é importante que se realize um trabalho sobre este fenômeno, nas escolas, a fim de evitarmos a disseminação do preconceito linguístico entre os próprios alunos e a comunidade na qual estão inseridos. É preciso avaliar todas as formas de uso da língua em função de um contexto, de uma situação de comunicação, como sendo formas, igualmente, eficazes de comunicação, considerando que a língua varia e muda sempre que se fizer necessário. Após algumas análises, observamos ainda que é notória a presença de elementos transferidos da fala para a escrita, nas produções textuais dos alunos, o que, de certo modo, pode ser explicado pela falta de conhecimento sobre as relações existentes entre essas duas modalidades da língua, ou sobre as características específicas de cada uma. A rapidez com que falamos e apagamos alguns fonemas ou os mudamos, a espontaneidade, característica natural da fala, tudo isso, também pode contribuir para o uso de elementos orais nas produções escritas (abreviações, repetições, uso abundante de elementos de ligação etc.) ou para justificar a grafia, mais próxima da língua oral, de algumas palavras.
Universidade Federal de Campina Grande - CDSA
Title: Variação linguística e ensino: registros de uma experiência em salas de aula do ensino fundamental e médio.
Description:
Pretende-se através deste trabalho analisar o tratamento atribuído ao fenômeno da variação linguística, em sala de aula, por meio de observações, aplicação de questionário e investigação das formas de abordagem sobre o tema nos livros didáticos.
Intenciona-se, ainda, verificar a presença das marcas da oralidade nas produções textuais escritas dos alunos do Ensino Fundamental e Médio, em duas turmas, (6º.
e 1º anos), respectivamente, da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Jornalista José Leal Ramos, situada no Município de São João do Cariri – PB, campo de aplicação da pesquisa.
Para tanto, respaldamos os nossos estudos em (BAGNO,1999; 2002; 2007; 2008), (BORTONI-RICARDO, 2004; 2005), (MARCUSCHI, 2001; 2005; 2010), (ANTUNES, 2003; 2005; 2007), dentre outros.
Por meio da pesquisa de campo e a análise dos dados coletados é possível constatar lacunas no trabalho com a variação linguística, em sala de aula, e a imposição de um modelo ideal de língua (a norma padrão).
Nesta direção, é importante que se realize um trabalho sobre este fenômeno, nas escolas, a fim de evitarmos a disseminação do preconceito linguístico entre os próprios alunos e a comunidade na qual estão inseridos.
É preciso avaliar todas as formas de uso da língua em função de um contexto, de uma situação de comunicação, como sendo formas, igualmente, eficazes de comunicação, considerando que a língua varia e muda sempre que se fizer necessário.
Após algumas análises, observamos ainda que é notória a presença de elementos transferidos da fala para a escrita, nas produções textuais dos alunos, o que, de certo modo, pode ser explicado pela falta de conhecimento sobre as relações existentes entre essas duas modalidades da língua, ou sobre as características específicas de cada uma.
A rapidez com que falamos e apagamos alguns fonemas ou os mudamos, a espontaneidade, característica natural da fala, tudo isso, também pode contribuir para o uso de elementos orais nas produções escritas (abreviações, repetições, uso abundante de elementos de ligação etc.
) ou para justificar a grafia, mais próxima da língua oral, de algumas palavras.

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